O dia transcorreu e então a noite e toda sua feminilidade chegou e era latente essa força feminina que nos cercava. Lua e Terra. O sagrado feminino no seu auge e nos presenteando com toda sua sutileza. E em um de seus presentes, recebi mais um recado e agradeço por conseguir entende-lo e conseguir mais um elemento para nosso ritual. Folhas. Folhas secas de uma árvore, um ser tão lindo e que se dispôs a nos agraciar com sua presença em nosso ritual.
E então lá estávamos nós, em torno da grande roda e toda sua sagracidade era latente e bela. Abrimos a roda e após nos limparmos mentalmente, fisicamente e espiritualmente, agradecemos e as honramos, mãe e avó. A Avó Lua em sua plenitude e nossa Mãe que deixa as floras secas caírem, para que possa adubar o solo e novamente dar a luz a novas folhas, flores e fruto. Pedimos também a presença dos elementais em nossa roda, também filhos e companheiros de nossa Mãe Terra, para que estes também pudessem nos ensinar mais alguma coisa.
Agradecemos a oportunidade de poder aprender com nossa Mãe, que aquilo que não nos faz bem, deve ser deixado pra trás e que de uma certa forma, será a base para que novos aprendizados possa ser absorvidos e renascer em nossas vidas. Agradecemos nossa Avó Lua, por nos mostrar que, assim como ela, temos um lado claro e um escuro e temos que aprender a lidar com os dois e equilibrá-los. Equilíbrio que nos foi mostrado, sentido e absorvido e mais uma vez agradecemos pelo aprendizado.
Eu especialmente agradeço a um ser que na noite anterior já havia aparecido em meus sonhos e que veio compartilhar conosco da grande roda e mais uma vez, assim como já feito a muitos anos atrás, nos ensinar novamente. Fato que com certeza, jamais irei esquecer. Longa vida a você meu grande amigo de outras vidas.
Então, para homenagear e compartilhar com todos os seres presentes, montamos a Roda de Cura. Desta vez, eu tive a grande honra de colocar todas as pedras em seus lugares sagrados e sentir a cada pedra que colocava no chão, a sua real importância, o porque daquele local e a necessidade de cada uma. Uma experiência única.
Após a montagem da roda e todas suas 36 pedras, acendemos o fogo sagrado no meio da roda. Dois rituais e duas forças unidas para homenagear estes dois seres que são a representação maior do feminino. Cantamos e dançamos em torno da roda, uma música que até então nos conhecíamos, e ao cantar e dançar faço mais uma homenagem, jogando as folhas secas dentro do círculo de pedras e era como se as folhas caíssem das árvores e banhassem o chão. A luz dentro do local pulsava e brilhava. Dançamos e cantamos por muito tempo, ou simplesmente o tempo parecia não passar e o local não era mais fechando por quatro paredes, mas estávamos em uma clareira iluminada pela lua.
Então sentamos, agradecemos a todos os acontecimentos da noite, a todos os seres presentes, animais, elementais, seres iluminados e todos os presentes e encerramos o ritual, porém dentro de nossa alma ele continuará por todo o sempre, pulsando e expandindo.
AHOW IRMÃOS!!!
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